Texto escrito por Isa Siqueira, a convite.

28/06/2017 – aos 18 anos.

Crescendo bilíngue, nunca realmente parei pra pensar sobre o assunto. As palavras simplesmente fluem, tanto em uma língua como na outra – ou às vezes de uma terceira, quarta, até quinta (se tudo der certo). Como crianças, tudo é mais fácil, after all; e qualquer lugar que a mãe vai, os rabinhos seguem. A maior parte dos filhos não imagina as repercussões e benefícios até a adolescência, com a vinda de novas oportunidades, colegas de qualquer lugar do mundo (sim, da Argentina a Israel ao Japão), a pressão exercida aos adolescentes sobre faculdades e, obviamente, a internet.

Parte de crescer no século 21, não importa aonde, é a sua presença como um cidadão mundial, e o que poderia ajudar mais do que aprender a língua mais popular no mundo? Noções como identidade andam crescendo mais e mais, se misturando e sendo aceitadas por diferentes grupos sociais, com cujo contato é facilitado através do inglês.

O uso da internet para a minha geração se tornou tanto quanto uma second nature, algo impossível de se viver sem, e a cultura Americana por consequência continua se propagando não importa de onde você seja. Afinal, quem nunca ouviu pelo menos uma música em inglês tocar no rádio? Nós estamos cercados pelo bilinguismo dia após dia sem perceber, e com a globalização, é quase impossível de escapar do contato com outras culturas e línguas.

Um dos maiores perks do bilinguismo no século 21 vem na forma do multiculturalismo, e o acesso que temos, com um piscar dos olhos, de nos comunicar com facilidade com pessoas de diferentes países, aprender suas culturas e criar nosso próprio senso de identidade baseado em tais interações – um princípio tão fundamental, que aprendemos em sociologia no ensino médio. Crescer com toda a informação na ponta do seu dedinho é uma das maiores blessings que poderia pedir, e sou grata todos os dias pelas oportunidades que tenho. I wouldn’t have it any other way.