APRESENTAÇÃO :.A inclusão dos alunos surdos não pode desconsiderar que a maior parte deles vem de famílias ouvintes, que usam a Língua Portuguesa na modalidade oral, inacessível a quem não ouve. Assim, embora alguma forma de linguagem seja instituída na interação com os familiares, as crianças surdas, filhas de pais ouvintes, chegam geralmente à escola sem língua constituída, ou seja, em condição bastante diversa daquela de crianças já falantes, cabendo à escola a tarefa de possibilitar sua aquisição.
Pode-se dizer que a falta de uma língua, por meio da qual as pessoas possam interagir e construir conhecimento lingüístico e de mundo, constitui uma das especificidades da surdez. Neste sentido, o processo inclusivo do aluno surdo na escola regular difere em muito do vivenciado por alunos com cegueira ou com dificuldades motoras, por exemplo, uma vez que a surdez exclui o sujeito surdo da língua usada na escola, na sociedade, e se impõe como obstáculo à realização da meta escolar: o sujeito surdo não pode apreender os conteúdos ensinados na escola porque ele, simplesmente, não ouve a língua que o circunda, que circula na escola e na sociedade ouvinte.
É no espaço escolar que a grande maioria dos alunos surdos terá oportunidade de encontrar um ambiente lingüístico que possibilite a aquisição da sua primeira língua, a Língua de Sinais. A possibilidade de escolaridade na Língua de Sinais está contemplada no Decreto no 5626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta o seu uso.
Uma educação bilíngüe pressupõe muito mais do que só o domínio de duas línguas pelo aluno surdo. Há de estar contemplada a política das identidades, que possibilite ao aluno surdo constituir-se como cidadão diferente, porém eficiente, e com auto-imagem positiva, o que só poderá acontecer na convivência com seus iguais. Além disso, não se pode desconsiderar que o bilingüismo pressupõe duas culturas, surda/ouvinte, e que o currículo deve contemplá-las igualmente, atribuindo às duas línguas a mesma importância. Há de se considerar, ainda, que as pessoas surdas têm acesso ao mundo pela visão, aspecto que deve ser respeitado no ensino de alunos surdos.
Além de fazer parte da equipe que vai responder pela inclusão de alunos surdos nas escolas inclusivas, o professor com especialização em educação de surdos poderá trabalhar em qualquer função pedagógica, nas escolas especiais para surdos.
Objetivos do curso:
Preparar professores licenciados nas diferentes áreas do conhecimento para trabalharem com alunos surdos numa proposta de educação bilíngue, propiciar condições de especialização do professor licenciado para atuar na educação de alunos surdos, tanto nas escolas especiais como nas regulares e contribuir para a ampliação de conhecimento na área da surdez por meio da pesquisa.
.: DIRIGIDO A :.
Professores portadores de diploma de curso superior com nível de licenciatura em qualquer área do conhecimento.
.: ESTRUTURA E CARGA HORÁRIA :.
A carga horária total do curso é de 554 horas, distribuídas em quatro semestres.
.: INVESTIMENTO ( mensalidade ) :.
Valor total do curso |
R$ 13.200,00 |
Valor Parcelado em 20(x) |
Matrícula: R$ 660,00 + 19 parcelas de R$ 660,00 |
Vencimentos:
1º semestre: março, abril, maio, junho e julho
2º semestre: agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro
Os vencimentos ocerrem nos meses descritos acima sendo que a matrícula do curso corresponde a primeira parcela do semestre de ingresso.
* As parcelas são mensais e estão sujeitas aos reajustes legais. Consulte nosso Atendimento, (11) 3124.9600, para informações sobre condições especiais no pagamento parcelado para associações, alunos, professores, funcionários, ex-alunos da PUC-SP e Grupos
(empresas, escolas ou outras instituições).
Mais informações em http://cogeae.pucsp.br/cogeae/curso/2824
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR :.
Módulo I – Aspectos anátomo-fisiológicos e psicossociais da surdez |
Módulo II – Língua Brasileira de Sinais |
Caracterização anátomo-fisiológica e audiológica da surdez.
A surdez e implicações psicológicas |
Aspectos lingüísticos da Língua Brasileira de Sinais
Aquisição da Língua Brasileira de Sinais por crianças surdas
Curso básico da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
Conversação na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
Aspectos lingüísticos do discurso na Língua Brasileira de Sinais
Atividades discursivas na Língua Brasileira de Sinais
Estágio em LIBRAS |
Módulo III – Cultura, comunidades e identidades surdas |
Módulo IV – Língua Portuguesa e surdez |
Cultura e comunidades surdas
Direitos humanos e cidadania dos surdos
Constituição da identidade surda |
Aprendizagem inicial da leitura e da escrita
Aprendizagem da Língua Portuguesa escrita por alunos surdos |
Módulo V – Educação de Surdos |
Módulo VI – Didática para ensino de alunos surdos na Educação básica |
História da educação de surdos
Abordagens educacionais para surdos
Educação bilíngüe para surdos
Inclusão social e escolar
Inclusão social e escolar dos surdos
Metodologia de pesquisa em surdez
Estágio Supervisionado I
Monografia I |
Especificidades dos alunos surdos e estratégias pedagógicas visuais
Currículo
O currículo na educação de surdos: estudos culturais
Didática para ensino de alunos surdos nas diferentes áreas curriculares
Estágio Supervisionado II
Monografia II |
|
CORPO DOCENTE :.COORDENAÇÃO
Profa. Dra. Maria Cristina da C. Pereira Yoshioka
Profa. Dra. Maria Anita Viviane MartinsPROFESSORES
Prof. Daniel Choi
Profa. Dra. Darcy Raiça
Profa. Ms. Josefina M. Carvalho
Profa. Dra. Kathryn M. Pacheco Harrison
Profa. Dra. Maria Anita V. Martins
Profa. Dra. Maria Cecilia de Moura
Profa. Dra. Maria Cristina da C. Pereira Yoshioka
Profa. Ms. Maria Eulália Valverde Rosário
Profa. Ms. Maria Inês da Silva Vieira
Profa. Dra. Monica Fátima Valenzi Mendes
Profa. Dra. Nadir da Glória Haguiara Cervellini
Profa.Priscilla Roberta Gaspar de Oliveira
Prof. Ricardo Quiotaca Nakasato
Profa. Dra. Yara Bohlsen
LOCAL DE REALIZAÇÃO :.
Unidade COGEAE Consolação
Rua da Consolação, 881 – Consolação – São Paulo – SP – Cep: 01301-000
Telefone: (11) 3124-9600 – Fax.: (11) 3124-9612
Horário de Atendimento: das 9 às 20h30 e sábados das 8 às 12h30.
Mapa de Localização
.: MATRÍCULA :.
Requisitos de acesso
Os candidatos deverão apresentar uma carta justificando o interesse pelo curso e poderão ser convocados para realizar entrevista, avaliação escrita com professores do curso, caso seja necessário, a critério da coordenação acadêmica.
Poderão ser aceitos, na qualidade de alunos especiais, interessados em cursar disciplinas isoladas, portadores de diploma de curso superior, desde que sejam aprovados em uma entrevista de seleção, que haja vaga na disciplina pretendida e que tenham autorização expressa do coordenador acadêmico.
Documentos para Matrícula:
Cópia autenticada de diploma de curso superior com nível de licenciatura; curriculum vitae atualizado; 1 (uma) foto 3×4 atualizada; cópia simples do CPF; cópia simples do RG; cópia simples do comprovante de endereço (onde conste o CEP).
Para que a matrícula seja efetivada, é importante que o aluno traga todos os documentos solicitados.
Local de Realização:
PUC-SP – Unidade COGEAE Consolação
Rua da Consolação, 881 – Consolação – São Paulo – SP – Cep: 01301-000
Telefone: (11) 3124-9600 – Fax.: (11) 3124-9612
Horário de Atendimento: das 9 às 20h30 e sábados das 8 às 12h30.
Mapa de Localização
Realização sujeita ao número mínimo de inscrições |
|
|
|
|
|
|
|