“Durante dias e dias o país inteiro discutiu uma miragem, um não-fato, algo que não existia. E na discussão se leu de tudo, analistas com julgamentos definitivos sobre a questão, acadêmicos soltando sentenças condenatórias, jornalistas atirando flechas na miragem. E tudo em cima de uma nuvem, uma sombra, um ectoplasma que nunca existiu.
Poucas vezes na história contemporânea se viu manifestação tão atrasada do que seja opinião pública latino-americana. Parecia mais um daqueles contos do realismo fantástico de um Garcia Marques, uma parábola familiar de Julio Cortazar.
Refiro-me a esse episódio sobre o suposto livro que ensinaria as crianças a ler a escrever errado.”
Trecho do post de Nassif em 25/05/11. Para continuar lendo no local original, clique aqui: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-escandalo-do-livro-que-nao-existia
Pois é, a leitura da mídia foi equivocada, e concordo que inventaram um texto que não existia, porque não leram, não entenderam e criticaram. O problema é que o preconceito linguístico existe mesmo. E causa muitos danos à auto-estima de crianças, jovens e adultos que foram doutrinados para pensar que não falam português, quando são falantes nativos dessa língua, ou que sua língua e, por extensão, eles mesmos, é pior que a dos outros.
Selma