Educação bilíngüe |
Cláudia Brandão*Publicado no Jornal da Cidade de Serra Negra. http://jornalcidade.circuitodasaguas.com/historico/ler.php?id=6791 |
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É indiscutível a importância do domínio de uma segunda língua, principalmente de uma língua global. Facilita a comunicação, em escala mundial, atendendo a sociedades multiculturais, desenvolvendo o pensamento crítico, a apreciação e o respeito à diversidade cultural.Há diversos aspectos positivos na educação bilíngüe, além de sua premissa básica. Em primeiro lugar, ela preserva o sentimento de orgulho da criança em relação à língua materna de seus pais, permitindo-lhe transitar, sem restrições, numa sociedade em que o inglês é a língua dominante, mantendo, ao mesmo tempo, uma importante ligação com sua herança cultural e lingüística. A educação bilíngüe ajuda a proteger o sentido de identidade da criança, que é diretamente ligado à língüa e à cultura de sua família. Todos os alunos podem se beneficiar do conhecimento de uma segunda língua e do contato com outra cultura. Este ambiente aumenta a auto-estima do aluno e permite maior entendimento das relações multiculturais.
Atualmente, há também vantagens econômicas inegáveis na fluência em língua inglesa, pois muitos empregos remureram melhor os funcionários bilíngües. Ter conhecimento de outro idioma proporciona ao indivíduo vantagem competitiva no mercado de trabalho e/ou na interação com o mundo globalizado. Pesquisas mostram que, em relação ao aprendizado, quanto mais cedo as crianças forem expostas a uma segunda língua, melhor. Crianças pequenas têm uma capacidade enorme de aprender e distingüir os sons da língua – nada surpreendente se você souber que uma criança de dois anos tem, em seu cérebro, tantas sinapses ou conexões quanto um adulto. Mas os neurobiologistas dizem que, se estas conexões não forem usadas, a habilidade para falar com um nível de fluência nativa pode ser perdida para sempre. Em termos de língua, os recém-nascidos são “cidadãos do mundo” – capazes de aprender e adquirir qualquer som em qualquer língua, como relata a cientista da fala, Patricia Kuhl, da Universidade de Washington. Aos seis meses, as crianças já começam a reconhecer e a selecionar os sons ou fonemas de sua própria língua. Na Escola Americana de Campinas, as crianças começam sua jornada bilíngüe aos dois anos de idade, quando a estrutura de seu idioma pátrio já está dominada. Os professores da pré-escola, bilíngües, moldam o uso da língua inglesa com a devida adequação a seus alunos. No início, as crianças recebem informações em inglês e demonstram a compreensão da língua na medida em que reagem corretamente a comandos, interagem em situações criadas e participam de eventos. São capazes de responder, de forma gradual, em inglês, aos professores e aos colegas. É nesta fase que os pais têm, portanto, uma oportunidade decisiva para introduzir seus filhos ao inglês, porque o aprendizado da língua estrangeira ocorre naturalmente, propiciando o aprimoramento da educação básica e o desenvolvimento da personalidade, da articulação verbal, do raciocínio, da sociabilidade, da criatividade e da sensibilidade do aluno. Adicionalmente, a escola proporciona ao aluno a oportunidade de tornar-se fluente na língua dominante no mundo dos negócios da sociedade atual. |
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