Qual é a cultura de um país? Qual é a representação que fazemos de pessoas e grupos diversos dos nossos? Como as diversas culturas que compõe o complexo mosaico de um povo são representadas como uma única cultura, apagando a riqueza das diferenças?
A escritora Chimamanda Adichie tece uma bela reflexão, em forma de histórias pessoais, nos levando a refletir sobre o perigo dos estereótipos que são impostos pelas comunicações, e que constroem representações absolutas de povos e culturas.
Educação bilíngue é muito mais do que apenas aprender línguas. Cada língua tem um modo de “dizer o mundo”, como diria Paulo Freire. E ao conhecer outras línguas, estabelecemos contato com outras formas de pensar. Esse é o mais belo potencial da educação bilíngue: a ampliação da visão de mundo.
Mas isso só acontece se a educação bilíngue for bem pensada e planejada, enriquecida com muitas histórias e perspectivas. Senão apresentaremos, querendo ou não, apenas a superfície das culturas, estereotipando traços culturais como se fossem regras fixas e imutáveis, compartilhadas por todos e sem nenhuma divergência. Daí a importância fundamental do exercício crítico e reflexivo por pais e professores!
Selma Moura